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Por que precisamos nos associar?

Desde 1961 estamos com uma situação indefinida dentro da legislação federal e com o advento da LEI DO MEIO AMBIENTE, uma maior confusão veio a se formar com relação às atividades galísticas, sejam elas relacionadas às rinhas de galos ou até mesmo à criação dessas espécies.

Acontecimentos ocorridos nestes últimos anos, deflagrados com o fechamento do Clube Prive, voltaram os holofotes da mídia para as nossas atividades de uma maneira deturpada, e o que tem sido pior: a INVASÃO INDISCRIMINADA DAS COCHEIRAS E CRIATÓRIOS sob alegação de denúncias, trazendo aborrecimentos aos criadores, apreensão das aves, e outros dissabores mesmo sendo estas práticas de invasão, entre outras, ILEGAIS.

Por que essas invasões são ilegais?

Diz o Art. 5º da Constituição: “Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei válida e eficaz”. E mais: “Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens (GALOS) sem o devido processo legal”. Ou seja: não existe lei ou dispositivo legal que disponha sobre o assunto de maneira clara e indiscutível, mas, o que acontece é que as autoridades pressionadas ou mal informadas acabam por praticar atos que contrariam a própria Constituição principalmente quando apreendem as aves indevidamente nos criatórios.

A Associação tem como garantir e assegurar os direitos de seus associados porque é uma pessoa jurídica devidamente constituída nos moldes do Código Civil e representa um determinado número de cidadãos que exercem suas atividades de maneira conjunta e coesa, onde quanto maior o número de associados, melhor será a expressividade política e voz ativa da associação. O melhor exemplo disso são as associações de bairro, às quais conseguem reivindicar melhorias e benefícios sociais, além de se tornarem forças políticas que pressionam os governos. O próprio exemplo dos Sindicatos nos mostra a força de uma união entre os que têm os mesmos ideais.

Ao ler os estatutos do associado, pode-se perceber que existe uma preocupação com a preservação dessas espécies, mas não de uma maneira afrontosa ou ilegal. O que se busca na verdade é INVERTER a situação atual, promovendo exposições de nossas aves, conscientizando e levando à população em geral a conhecer o galo combatente e suas peculiaridades, além de disseminar através de vendas, a criação e gosto pelas aves.

Um erro que se tem cometido é querer legalizar as brigas de galo a qualquer custo. Sem uma divulgação e campanhas de esclarecimento feitas através das associações, com exposições e palestras que mostram a NOSSA VERSÃO DOS FATOS, não haverá como legalizar, pois o assunto já foi deturpado em tal nível, que este causa rejeição em quem nunca foi esclarecido. Prova disso são os pareceres emanados pelos relatores dos projetos de lei que traziam esse enfoque e que são sumariamente arquivados. Quem quiser se informar mais, basta entrar no site da Assembleia Legislativa ou Congresso, e pesquisar sobre o referido assunto. A maioria dos projetos apresentados está arquivada, e os já ditos projetos foram rejeitados pelas comissões.

A situação seria outra se em cada estado houvesse uma Associação e ainda uma Associação Nacional que pressionasse com fatos e argumentos dando subsídios e representatividade a esses projetos, ou melhor, ainda apresentado o seu próprio projeto e seu próprio candidato.

“A união faz a força” é uma frase antiga, mas basta olhar para as Associações comerciais, sindicatos, associações de bairros, cooperativas e os Lobbies. Em sociedade não dá para mudar nada sem organização, estratégia e ideal. Reclamou-se que os “antis” têm mais acesso à mídia e ao poder. Devemos nos perguntar: Será porque eles são organizados e unidos?